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Mulher e cigarro: perigosa combinação
Da Redação Multimídia ( Gazeta online )
Elas fumam, têm consciência dos males, não gostam de ouvir quando alguém diz: 'cigarro faz mal' porque já estão cansadas de saber. Mas, talvez, não conheçam exatamente o tamanho do problema. No passado, acreditava-se que os os efeitos da dependência do tabaco eram mais fortes nos homens. Hoje, sabe-se que mulheres são igualmente ou mais suscetíveis aos malefícios do fumo, devido às peculiaridades próprias do sexo, como a gestação e o uso da pílula anticoncepcional."Devido os nossos hormônios serem diferentes, a gente é mais propensa a algumas doenças trombóticas: trombose da perna e do pulmão. E o cigarro acaba tendo uma ação sinérgica e favorecendo o surgimento dessas doenças. Quando a mulher é fumante e usa anticoncepcional esse percentual é muito maior", alerta a pneumonologista do Hospital Meridional Dyanni Dalcomune.
A professora Tânia Vieira, 49 anos, fuma desde os 15, parou por um tempo, mas acabou voltando. "Fui fazer uma bariátrica e o médico pediu para que eu parasse 15 dias antes da cirurgia. Acabei ficando dois anos e não me fez falta, mas depois quis voltar.", conta a professora. Segundo Tânia, a vontade só vem quando está ociosa. "Se eu sentar e não tiver nada para fazer, eu penso: vou fumar um cigarrinho. Acho que é falta de vergonha mesmo (risos). Na escola, não posso fumar e não me incomoda", afirma.
A vontade é mais forte quando associada à famosa cervejinha. "Final de semana eu fumo mais porque estou em casa - o marido também fuma - e saio para tomar uma cervejinha. No outro dia é insuportável a ressaca do cigarro. É um mal estar muito ruim. Aí eu me arrependo, falo que não vou mais fumar e depois de um tempo estou fumando outa vez", relata.
A pneumonologista Ana Maria Casati salienta os riscos da dobradinha."A combinação com álcool é muito maléfica. O cigarro aumenta muito a produção de ácido no estômago e pode causar gastrite e esofagite - que o álcool também produz", ressalta. A professora Tânia sabe que faz mal. "Pior que a gente tem consciência. Às vezes me preocupa, mas eu não para pensar nesses negócios. A hora que precisar, paro sem problema nenhum", diz.
Começou como uma curiosidade e ela acabou gostando. "Fumo desde os 16 anos. Antes era só de rock, mas deve ter uns três anos que eu fumo mesmo. Na verdade, eu fico nas casa dos meus cinco ou seis cigarros por dia", afirma a estudante Tainah Gomes, 20 anos. Ela toma anticoncepcional, sabe do perigo da combinação com o fumo, mas... "É relaxante. Não quero fumar para sempre, penso em parar um dia. Tenho consciência e continuo fumando porque é meio que um vício mesmo", destaca a estudante.
Tainah até chegou a parar. "Parei porque meu namorado proibiu, como a gente terminou, eu voltei", lembra. A médica Dyanni enfatiza que para deixar o vício o essencial é querer. Se a pessoa não desejar, não adianta.
Mulher e cigarro
O risco de infarto do miocárdio, embolia pulmonar e tromboflebite em mulheres jovens que usam anticoncepcionais orais e fumam chega a ser dez vezes maior que o das que não fumam e usam este método de controle da natalidade. Calcula-se que o tabagismo seja responsável por 40% dos óbitos nas mulheres com menos de 65 anos e por 10% das mortes por doença coronariana nas mulheres com mais de 65 anos de idade.
Gravidez
A gestante que fuma apresenta mais complicações durante o parto e têm o dobro de chances de ter um bebê de menor peso e menor comprimento, comparando-se com a grávida que não fuma. Tais problemas se devem, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno.
Um único cigarro fumado por uma gestante é capaz de acelerar em poucos minutos, os batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre o seu aparelho cardiovascular. Assim, é fácil imaginar a extensão dos danos causados ao feto, com o uso regular de cigarros pela gestante.
Os riscos para a gravidez, o parto e a criança não decorrem somente do hábito de fumar da mãe. Quando a gestante é obrigada a viver em ambiente poluído pela fumaça do cigarro ela absorve as substâncias tóxicas da fumaça, que pelo sangue passa para o feto. Quando a mãe fuma durante a amamentação, a nicotina passa pelo leite e é absorvida pela criança. (fonte: Ministério da Saúde)
Se você ainda não se convenceu de todo o mal que o cigarro causa a uma mulher, apele para a vaidade. Cigarro envelhece, deixa os dentes amarelos, os cabelos sem brilho e com cheiro de fumaça e não há perfume de qualidade que suplante o cheiro que ele deixa em você.
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