Sambistas capixabas se despedem do primeiro mestre de bateria do Estado
Samanta Nogueira
Rádio CBN Vitória (93,5 FM)
Aloízio Paru morreu na noite desta quarta-feira (06), aos 80 anos, vítima de uma infecção generalizada após um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e um enfisema pulmonar. Ele estava internado há três meses. O mestre de bateria deixa cinco filhos, 15 netos e quatro bisnetos.
Apesar da tristeza, o samba estava presente durante o velório, que aconteceu nesta quinta (07) na sede da escola, no Centro da capital. Paru recebeu homenagem de membros da Piedade e de outras agremiações. A filha do mestre de bateria, a copeira Maria Aparecida Oliveira Abreu, disse que o pai pediu aos amigos uma despedida com o ritmo que mais gostava.
No sepultamento, na tarde desta quinta no Cemitério de Maruípe, o caixão estava coberto por uma bandeira da Unidos da Piedade e outra do Vasco, time do coração. Durante o enterro, um ritmista da escola tocou o instrumento considerado o coração da bateria, o surdo. Amigos e familiares entoaram sambas e aplaudiram o mestre Paru.
O ex-presidente da Piedade e membro da velha guarda da escola, Paulo Paiva Martins, disse que o samba em Vitória nasceu com Aloízio Abreu. Ele contou que o mestre de bateria trouxe novidades para a capital capixaba após servir o Exército no Rio de Janeiro.
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O mestre Aloízio Paru nasceu em Vitória e morou no Morro da Fonte Grande. Foi um dos fundadores da Piedade e passou os seus conhecimentos musicais para diversas gerações. Sempre exigente com a qualidade do samba, só dançava durante os ensaios quando a bateria estava "no ponto".
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