sexta-feira, 25 de setembro de 2015


Agradeço ao Escritor e Advolgado Renato de Souza Lima. Sempre emocionando com seu Cordel!

Bom dia, embora atrasado dedido este texto aos amigos da Rede Tribuna de rádio, em especial a Gean Feitosa, Ricardo Rangel,, Ana Paula e Vanda Simas..
O radialista,
Estou sempre em seu radinho;
Mas você nunca me vê;
Também sigo o seu caminho;
E também sei que você,
Sempre ouve um pouquinho
Do que tenho pra dizer.
O seu rádio não desligue;
Vou fazer você sorrir;
Quero que me comunique;
O que gosta de curtir;
Perto do rádio então fique;
Para o seu pedido ouvir.
Veja bem que são as ondas;
Que me levam até você;
Isso porque nessas ondas;
Há o que nunca se vê;
O doce ondular das ondas;
Que não servem pra tevê.
Nesse ondular das ondas;
Vou seguindo o meu caminho;
Nos jardins fazendo rondas;
Quase sempre em tom baixinho;
Vou nas vidas pondo sondas;
Para não te ver sozinho.
Se não sou compreendido;
Peço então que me desculpem;
Por seu lar ter invadido;
Entretanto não me culpem;
De algum sonho escondido;
Que os que sofrem sempre curtem.
Também tenho frustrações;
Sou por isso igual a ti;
Se ouço insinuações;
É porque eu permiti;
E se sofro correções;
É porque aborreci.
Se a ti levo alegria;
Essa é parte do trabalho;
Essa é o meu dia-a-dia;
Sem a qual eu me atrapalho;
E se faço algaravia;
Vou ser sempre um quebra-galho.
Estou sempre a lhe sorrir;
Mesmo estando angustiado;
Posso às vezes confundir;
Ao passar um resultado;
Entretanto quero ouvir;
Se foi bom o meu recado.
Quando posso descansar;
Busco estar perto de Deus;
Pois no meu muito falar;
Pouco faço para os meus;
No meu muito trabalhar;
Ao lazer eu dei adeus.
Também perco a paciência;
No meu nobre afazer;
Apesar da competência;
Ouço muito maldizer;
Sei que é maledicência;
Mesmo assim dá desprazer.
Nunca posso reclamar;
Das bobagens repetidas;
Mesmo quando estou no ar;
E nem sempre são bonitas;
Todavia eu vou negar;
Que não são para ser ditas.
Chego às casas sem comida;
Ao colchão sem cobertor;
Aos mendigos sem guarida;
Aos obreiros sem labor;
Às famílias destruídas;
Aos detentos sem amor.
Ao doente abandonado;
Sempre presto algum favor;
Diz não ser um mal amado;
E da morte tem pavor;
Ao ouvir o meu recado;
Passa a ser um lutador.
Dos vigias sou amigo;
Reconheço o seu valor;
Se não vou já ter contigo;
Não lhe acho explorador;
Sei que sabe o que eu digo;
Quando cumpre o seu labor.
Eu também sou bom amigo;
Tenho assim bom sentimento;
Sei que tenho o meu abrigo;
E também meu alimento
Sei que o sofrer é antigo;
Vem daí o meu lamento;
Tenho a minha recompensa;
Nos amigos que conheço;
Mesmo aquele que não pensa;
Como tal o reconheço;
No final tudo compensa;
Porque tudo tem seu preço.


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